#1 Bernd Leno: Foi um ano desapontante para o guarda-redes alemão. Perdeu a titularidade para o recém-chegado Aaron Ramsdale ao fim de três jornadas e raramente voltou a jogar. Mostrou que é um guarda-redes de qualidade com uma excelente exibição frente ao Aston Villa, mas as dificuldades em jogar com a bola no pé foram demasiado evidentes. Continua um excelente “shot-stopper” mas não foi suficiente para manter o seu lugar. Deverá sair neste mercado.
#3 Kieran Tierney: Esta temporada vimos um Tierney com menos imputo ofensivo e até a melhorar defensivamente, mas sem surpresas, acabou a temporada lesionado. Tierney consegue de fazer pouco mais de metade dos jogos do Arsenal desde que chegou a Londres. Precisamos de uma alternativa ao escocês.
#4 Ben White: Contratação sonante no verão pelos valores envolvidos. Fez uma parceria sólida com Gabriel Magalhães, embora continue sem convencer muitos adeptos que só o vêm como o “defesa que sabe sair a jogar”. Veremos na próxima temporada, com Saliba, se conseguirá manter o seu lugar no onze titular.
#5 Thomas Partey: A ausência de Partey na fase final da temporada foi um dos motivos porque falhámos a Champions League. Depois de começar a temporada lesionado – um entrada dura no jogo de pré-temporada frente ao Chelsea – recuperou e teve algumas exibições menos convincentes. Quando assumiu que o seu trabalho no meio-campo seria de tampão e não de transição, melhorou bastante e tornou-se um pilar na equipa de Mikel Arteta, até se lesionar outra vez…
#6 Gabriel Magalhães: Mais uma boa temporada de Gabriel em foi esteio da defesa e um dos melhores da temporada. Melhora o nível de todos os que jogam à sua volta e com White e Saliba, temos defesas para vários anos.
#7 Bukayo Saka: Foi o melhor jogador do ano, basta olhar para os números. Jogou todos os jogos da Premier League, foi o melhor marcador e é aquele que olhamos e já todos temos certezas, em vez de dúvidas. A equipa terá de ser sempre montada em torno dele e é importante, o quanto antes, meter a proposta de renovação à frente.
#8 Martin Odegaard: Contratação que ainda divide os adeptos. Muitos olham para o norueguês como o jogador que decide jogos, outros só o vêm aparecer quando os jogos já estão decididos. Os números individuais de oportunidades criadas até nem são nada maus, mas na realidade andou desaparecido em muitas vezes que precisávamos dele. Emile Smith Rowe é pior do que ele? Talvez não. Assumiu a braçadeira de capitão depois da saída de Aubameyang.
#9 Alexandre Lacazette: Teve de assumir a responsabilidade do ataque depois da saída de Aubameyang e jogava sempre muito afastado da área adversária. Houve jogos em que foi importante nas combinações com os restantes companheiros do ataque, mas outros que foram para esquecer e por isso, conseguiu perder o lugar para Nketiah. Está de saída em final de contrato.
#10 Emile Smith Rowe: O melhor jogador do Arsenal na primeira metade da temporada. Criativo e finalizador, era o que mais se destacava, mesmo à frente de nomes sonantes como Saka ou Aubameyang. O Covid e algumas lesões acabaram por fazê-lo perder espaço no 11 titular (e para Odegaard), começando a ser encostado constantemente à esquerda, trocando com Martinelli.
#14 PE Aubameyang: Meia época para esquecer para o antigo avançado. Dificuldades em marcar golos, a postura dentro de campo nem sempre era a melhor e problemas disciplinares fora do relvado que levaram a um castigo inicial que o afastou das convocatórias e à perda da braçadeira de capitão. Acabou dispensado em Janeiro.
#15 Ainsley Maitland-Niles: Não se esperava muito de Maitland-Niles e acabou por não ser surpresa a pouca utilização. Não se consegue afirmar como médio-centro ou lateral-direito e acabou emprestado à Roma, que apesar de conquistar a Conference League, também não correu bem em Itália. Mais um que deverá procurar sair no mercado de transferências.
#16 Rob Holding: O cartão vermelho frente ao tottenham vai manchar as suas exibições de 2021/22. Esteve bem quando foi chamado durante os jogos para segurar resultados mas o mesmo não aconteceu quando tinha de segurar o barco desde o início.
#17 Cédric Soares: Jogador com algumas limitações e que acabou por jogar mais do que aquilo que se esperaria, muito devido às constantes lesões de Tomiyasu. Cumpriu em alguns jogos, noutros foi completamente comido. Deveríamos procurar outra alternativa ao japonês.
#18 Takehiro Tomiyasu: Criticado no início da temporada por “ter sido oferecido a todos e só nós é que fomos burros em ir buscá-lo” acabou por calar os críticos. Provavelmente o nosso melhor defesa do plantel mas não se sente confortável atacar, algo importante na posição que ocupa. As lesões foram bastante prejudiciais ao longo da época e esperemos que tenha sido algo esporádico, em vez de se transformar num Kieran Tierney.
#19 Nicolas Pépé: Foi um dos jogadores que mais desapontou ao longo da temporada. É claramente um dos mais talentosos do plantel mas desde a sua chegada a Londres nunca se conseguiu afirmar, tendo sempre a sombra dos 80M€ atrás de si. Utilizado com pouca regularidade com Arteta mesmo quando ajudou a decidir jogos. Mudou de empresário para o ajudar a sair no mercado – o Arsenal agradece também.
#20 Nuno Tavares: Credo! As expectativas eram baixas, mas holy fuck! Temporada terrível, com erros constantes e a ser um trunfo para os adversários. O homem só gosta de correr, porque ter a bola nos pés ou posicionar-se corretamente em campo já não é com ele. É tentar despachá-lo o quanto antes e assumir o prejuízo.
#23 Sambi Lokonga: Começou a temporada criando algumas expectativas mas foi-se “apagando” ao longo dos meses e acabou ultrapassado por Mohamed Elneny. Sambi ainda é um jogador novo, que tem qualidade, mas um empréstimo na próxima temporada não é um cenário irrealista até para o ajudar na sua adaptação ao futebol inglês.
#25 Mohamed Elneny: Apesar de andar desaparecido em quase toda a temporada, acabou por ser chamado graças à lesão de Partey (e ainda pouca confiança em Lokonga) e acabou por ser um dos destaques pela forma “certinha” com que se apresentou, apesar de não ser um jogador de grande qualidade e que pode catapultar o Arsenal para outras conquistas. Ainda assim, as boas exibições no último terço do campeonato valeram a renovação de contrato por mais uma temporada.
#30 Eddie Nketiah: Tal como Elneny, teve um final de temporada forte. Marcou golos importantes aproveitando o mau momento de Lacazette e a saída de Aubameyang em Janeiro. Todos pensávamos que iria sair no final desta temporada, mas parece que Arteta decidiu abrir os cordões à bolsa para manter o avançado.
#32 Aaron Ramsdale: Poucos esperariam a temporada que o guarda-redes inglês teve, mas a verdade é que abafou todas as criticas de que foi alvo e que o apontavam como um dos piores guarda-redes da liga. Defesas monstruosas e muito mais confortável com a bola no pé do que Leno, acabou por se acomodar ao lugar e isso levou a cometer alguns erros a meio do ano. Voltou às boas exibições no final da temporada e não foi por ele que falhámos a Champions League.
#34 Granit Xhaka: Uma das melhores temporadas do suíço desde que chegou ao Arsenal. Ajudou defensivamente quando tínhamos de lidar com Tavares e com Partey ao seu lado o nível melhorou bastante. O ambiente em torno de Xhaka no Arsenal parece bem mais leve do que no passado e talvez a saída já não seja assim tão expectável como se esperaria.
#35 Gabriel Martinelli: Começou a jogar mais depois da saída de Aubameyang e é sempre um desequilibrador nato no lado esquerdo do ataque. A temporada no geral não foi má para o brasileiro, mas claramente precisa de começar a decidir em mais jogos, contribuindo com mais golos.
Ricardo Pires